sábado, 12 de novembro de 2011

Colheita da castanha portuguesa...


Morando 6 meses fora do Brasil, já dá para sentir saudades de algumas coisas típicas brasileiras, principalmente a comida. Agora que o inverno está chegando começamos a lembrar do pinhão... Ahhh um pinhãozinho quentinho com um quentão ou um vinho pra quem gosta!!!!
Então, um sábado desses estávamos passeando pela Whitelades Rd e recebemos a ligação de nossa querida amiga Maria Helena, nos convidando para dar uma volta pelo Ashton Court Park... Alguém tem dúvida de que aceitamos??? Claro, só que o tempo mudou radicalmente, e de uma hora pra outra o dia ensolarado se transformou em um dia nublado e chuvoso. Então tivemos de suspender nosso passeio. Só que no domingo pela manhã o dia estava melhor e então pudemos fazer a nossa caminhada. Mas a surpresa maior, além da paisagem linda de outono que o parque nos oferecia, foi saber que todo o outono Maria Helena, Zuner e as meninas vão fazer a colheita da castanha portuguesa, em uma das colinas do parque. E dessa vez tivemos a honra de participar deste momento, muito descontraído, interessante e competitivo!!! Queríamos ver quem pegaria a maior castanha.
Particularmente eu não conhecia a castanha portuguesa. Então como sempre faço antes de escrever o post, eu fui estudar um pouco sobre as origens e as qualidades dietéticas da castanha portuguesa.
A castanha portuguesa tem outros nomes populares como: castanheiro-europeu, pinhão-doce, castiro e etc. Tem origem da região da Ásia menor, Cáucasos e Turcomenistão. A castanha deve seu nome à cidade de Castana, localizada na antiga Tessália, na Grécia, onde é cultivada em escala comercial.
É uma árvore grande, cerca de 20 a 30m de altura, de grande valor ornamental. As suas flores se diferem em masculinas e femininas. As masculinas são amareladas ou brancas e se assemelham a pequenos rabos de gatos. Já as femininas são menos numerosas e protegidas por espinhos. Os frutos são na verdade as castanhas e se apresentam em número de uma a três, guardadas por um invólucro espinhoso, conhecido por ouriço. Apesar de todo o desafio de tirar a castanha de dentro de sua casca coberta por espinhos, a recompensa vem pelo sabor docinho e saboroso da castanha, que pode ser apreciado em diversos pratos, cozidos, assados ou crus. A floração e a frutificação ocorrem no outono. E se você quer plantar um castanheiro, isso deve ser feito através das sementes logo após a colheita.
Comparando a castanha do Pará com a castanha portuguesa temos:
(Fonte: Pérola Ribeiro, Nutricionista da Universidade Federal de São Paulo)
Calorias:
A castanha portuguesa é a melhor opção para quem precisa controlar o peso, já que contém apenas 32 calorias, comparando com a castanha do Pará, que tem 164.
Cálcio:
A castanha do Pará oferece quase quatro vezes mais do mineral que fortalece o esqueleto, 40mg , contra apenas 11 da castanha portuguesa.
Fósforo:
Esse nutriente que garante disposição aparece muito mais na castanha do Pará, 1891 mg comparando com 24 mg.
Gorduras:
A castanha do Pará tem 16 gramas, contra 0,34 gramas da portuguesa, mas o bom é que são gorduras saudáveis que protegem as artérias.
Potássio:
A portuguesa contém 178 mg desse nutriente que combate a hipertensão, um pouco a mais do que a castanha do Pará que tem 164 mg.
Ácido fólico:
A vitamina que diminui o risco de tumores, ganha um certo destaque na castanha portuguesa, são 9 microgramas contra 5 da castanha do Pará.
Selênio:
Esse potente mineral antioxidante aparece aos montes na castanha do Pará, são 740 microgramas. A portuguesa, coitadinha, não contém quantidade que mereça ser mencionada. Rsrsrs!!!!

Bom, nosso passeio de domingo além de nos render diversão, maravilhosa paisagem, uma excelente caminhada, ar puro, rendeu mais conhecimentos e claro uma fornada de castanha portuguesa. Que por sinal, tem gostinho bastante semelhante ao nosso pinhão, só que bem mais docinho.

Mais uma vez valeu Maria Helena e Julia pelo passeio!!!!












segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Meio caminho andado...

Hoje completam 6 meses que chegamos em Bristol e agora estamos com metade do nosso caminho percorrido. Então resolvi neste post fazer um balanço de tudo que vivemos por aqui até os dias de hoje e compará-los com um famoso estudo realizado na Universidade de Stanford que relata como as pessoas que viajam para o exterior sofrem com as fases de adaptação. Esta escala foi traduzida e também comentada pelo nosso amigo André Frank (andrefrank.blogspot.com):



Chegamos dia 7 de maio, a temperatura estava agradável (pois era primavera) e tínhamos muitas expectativas.
Nos dois primeiros meses passamos pela fase de ansiedade, pois não sabíamos como seria tudo por aqui, ainda teríamos de encontrar nossa moradia, meu curso de inglês, fazer novas amizades, descobrir a rotina, mudar nossa alimentação entre muitas outras coisas como a saudade da família (que realmente afeta muito, principalmente nos primeiros dias vivendo num lugar totalmente desconhecido).

Nos dois seguintes meses passamos pela fase do choque cultural. A educação dos ingleses, a organização e limpeza da cidade, o respeito por tudo e por todos, te deixa no inicio um pouco extasiado. É quase um misto de revolta e super – poderes, e começamos a pensar que na volta vamos mudar o Brasil com todas essas brilhantes ideias usadas por eles aqui, e que funcionam com tanta perfeição (não podemos ver a razão por que não funcionariam no nosso país). Nesta fase ainda pensamos que as coisas não vão se encaminhar, começa-se a pensar que está se perdendo tempo (e tempo é dinheiro!!!). Então de alguma forma se busca força pra acreditar nos seus objetivos e seguir em frente. Com certeza sabemos que essa força vem da nossa família e nossos amigos que mesmo longe nos mantém recarregados de esperanças e de muita força de vontade e assim seguimos para a próxima fase.

No terceiro bimestre, os quais nos encontramos agora, é a fase de adaptação. Começamos a nos sentir um pouco mais adaptados a tudo. Já temos um supermercado favorito, já sabemos quais as melhores comidas pra comprar, nossos hábitos alimentares estão um pouquinho mais incorporados aos “deles”, sabemos qual ônibus pegar para voltar pra casa, sabemos os sites de promoção para viajar de trem, as empresas de avião mais baratas, temos nosso grupo de amigos, saímos para programas com amigos toda a semana e finais de semana (mais até que no Brasil). Nos incorporamos com facilidade ao hábito do café da tarde nas cafeterias da cidade, assim como os pic-nics e os passeios pelos parques. Faço trabalho voluntário 3 vezes por semana e o Alexandre está cada vez mais aprofundado em seus estudos na universidade.

Well, well... Acho que iremos pular a fase do isolamento mental e pularmos direto para a fase de integração e aceitação. Mas isso só vamos saber nos próximos meses que se virão.

Mas sinceramente acredito neste salto de fases.

Em números foram 184 dias, 4.416 horas vividas, viajadas e muito bem aproveitadas. Muitos lugares visitados, mais do que imaginávamos para os nossos primeiros 6 meses. Foram 4 países visitados e mais de 20 cidades muito bem exploradas.

Agradecemos a todos que nos acompanharam e nos deram muita força, apoio, e puderam descobrir algo além do horizonte nestes 6 meses de intenso aprendizado. Esperamos que continuem nos acompanhando nestes próximos 6 meses, afinal, temos muitas coisas pra aprender e muitas coisas pra compartilhar.

Até o próximo post
Fotos para relembrar:
Saida de Floripa

Nossa primeira refeição inglesa

Primeiro supermercado (se ampliar a foto, vai ver a cara de felicidade do Ale...rsrsrs)

Passando frio na primavera inglesa

Nossa casa

Tentando entender a cabeça dos ingleses... Esperar o ônibus de costas??? WHY???

Festival no The Downs

E nós de novo sentindo o friozinho da primavera... rsrsrs


Essa fez o Ale chorar!!! Inesquecível...

Potato and chicken (O pior que já comi até hj...rsrsrs)


Aprendendo a desfrutar os dias chuvosos... Quase todos!!! rsrsrs

Pic nic no The Downs com Maria H., Cecília e Júlia.

Aprendendo a usar o abridor de latas

Pic nic no Zoo

A tradicional Pie

Festival Harbourside


Wells/Uk
Pisa - Itália

Caerphilly - País de Gales

Londres - UK

Amsterdam - Holanda

Bérgamo - Itália

Veneza - Itália

Verona - Itália

Florença - Itália

  Lucca - Itália

    Weymouth/UK

         Bibury/Uk

        Broadway/UK