Depois de três semanas de aula de inglês minha escola entrou em férias de verão por dois meses... Sim, você não entendeu errado, três semanas de aula, dois meses de férias. Era pra eu ficar feliz?! Não, pois quero aprender a falar inglês o mais rápido possível, férias eu já estou desde dezembro. Então entrei em uma busca desesperada por professor particular ou uma nova escola de inglês. E durante uma dessas procuras encontrei uma escola bastante interessante e com um preço bastante atraente. Fiz alguns contatos por email, e na terça 28/junho, saímos com nosso mapinha (feito por mim) em mãos, à procura da tal escola. Como vi no google maps, levaríamos cerca de 30min a pé até a escola, tempo bom, pois tudo fica mais ou menos 30min a pé de nossa casa...hehe
Tudo estava indo bem, até que percebemos que só encontrávamos os números 222 e 224 sendo que a escola era o n° 223, então começou nossa caçada. Sobe rua, desce rua, atravessa rua, corta parque, e daí resolvemos começar a perguntar para as pessoas. Como já disse antes, a educação dos ingleses é espantosa, e eles tornam a nossa dúvida, dúvida deles, e se eles não nos conseguem ajudar, eles se mostram visivelmente frustrados. O primeiro lugar que paramos para perguntar foi numa barbearia, onde o barbeiro era italiano, daí já imendamos um papo amistoso e animado sobre as belezas do Brasil e da Itália. O barbeiro chamou um cliente para perguntar se conhecia o lugar que procurávamos, mas não deu em nada. Depois fomos a uma loja de ferragem que, pelo nome da escola, não sabia onde era mas foi até a rua nos ajudar com alguma explicação sobre o local que estávamos. No caminho perguntamos para uma moça com um carrinho de bebê que também não sabia, mas parou para tentar identificar o lugar. Fomos a um mercado e encontramos um senhor que guardou suas compras em sua bolsa da bicicleta e saiu junto conosco para nos ajudar a encontrar, e quando percebemos, estávamos em seis pessoas paradas na esquina da barbearia (voltamos para lá), todos envolvidos na busca pela escola. Uma mulher com duas crianças no carrinho de celular na mão, procurando pelo endereço na internet do celular, o nosso amigo barbeiro italiano com o guia telefônico na mão, o cliente dele tentando entender as ruas e nosso amigo da bicicleta tentando improvisar um espanhol/português para nos ajudar a identificar os lugares... Q-U-E M-Á-X-I-M-O!!!!! Pessoal, vocês não imaginam a comoção deles para nos ajudar, eu queria ter tirado uma foto no celular para colocar aqui mas fiquei com vergonha (peninha), mas não terminou por aí. Depois de tudo isso não conseguimos encontrar a escola, já se passavam 2h que havíamos saído de casa, então resolvemos desistir. Nos despedimos de todos, agradecemos muito por tudo e resolvemos voltar para casa. Quando estávamos na metado do caminho de volta, olhei para trás e vinha o senhor da bicicleta que encontramos no super (grisalho, ele deve ter uns 60 anos) a toda a velocidade na bicicleta dizendo em um português improvisado: “Eu acho, eu acho!!!” ... Isso foi simplesmente demais, eu já nem sabia mais como agradecer ele, e no final de tudo, ainda nos esquecemos de perguntar o nome dele...Q-U-E F-A-L-H-A!!! Voltamos então e na metade do caminho a primeira moça do carrinho de bebê também veio nos dizer que encontrou a escola, daí ficamos pensando, é por isso que às vezes eles são assaltados quando vão para o Brasil, pois são tão educados e prestativos com tudo e com todos que acabam sendo atraídos por pessoas maldosas. Bom, no final de tudo isso achamos a escola, e quando entramos o dono nos falou que faziam 5min que havia chegado pois tinha saído de carro atrás de nós, pois uma mulher havia ligado para ele falando que tinha um casal procurando pela escola na avenida Kellaway, achamos que foi a segunda mulher do carrinho.
Demais não?! A cada dia temos experiências incríveis aqui, que ficarão eternamente em nossas vidas, e que venhamos colocar em prática. Ajudar as pessoas é tudo!!!!
Ahh já ia esquecendo, a escola é DEZ e segunda começo minhas aulas. Show!!!
Bom final de semana à todos...
Bye bye