quinta-feira, 30 de junho de 2011

À Procura


Depois de três semanas de aula de inglês minha escola entrou em férias de verão por dois meses... Sim, você não entendeu errado, três semanas de aula, dois meses de férias. Era pra eu ficar feliz?! Não, pois quero aprender a falar inglês o mais rápido possível, férias eu já estou desde dezembro. Então entrei em uma busca desesperada por professor particular ou uma nova escola de inglês. E durante uma dessas procuras encontrei uma escola bastante interessante e com um preço bastante atraente. Fiz alguns contatos por email, e na terça 28/junho, saímos com nosso mapinha (feito por mim) em mãos, à procura da tal escola. Como vi no google maps, levaríamos cerca de 30min a pé até a escola, tempo bom, pois tudo fica mais ou menos 30min a pé de nossa casa...hehe
Tudo estava indo bem, até que percebemos que só encontrávamos os números 222 e 224 sendo que a escola era o n° 223, então começou nossa caçada. Sobe rua, desce rua, atravessa rua, corta parque, e daí resolvemos começar a perguntar para as pessoas. Como já disse antes, a educação dos ingleses é espantosa, e eles tornam a nossa dúvida, dúvida deles, e se eles não nos conseguem ajudar, eles se mostram visivelmente frustrados. O primeiro lugar que paramos para perguntar foi numa barbearia, onde o barbeiro era italiano, daí já imendamos um papo amistoso e animado sobre as belezas do Brasil e da Itália. O barbeiro chamou um cliente para perguntar se conhecia o lugar que procurávamos, mas não deu em nada. Depois fomos a uma loja de ferragem que, pelo nome da escola, não sabia onde era mas foi até a rua nos ajudar com alguma explicação sobre o local que estávamos. No caminho perguntamos para uma moça com um carrinho de bebê que também não sabia, mas parou para tentar identificar o lugar. Fomos a um mercado e encontramos um senhor que guardou suas compras em sua bolsa da bicicleta e saiu junto conosco para nos ajudar a encontrar, e quando percebemos, estávamos em seis pessoas paradas na esquina da barbearia (voltamos para lá), todos envolvidos na busca pela escola. Uma mulher com duas crianças no carrinho de celular na mão, procurando pelo endereço na internet do celular, o nosso amigo barbeiro italiano com o guia telefônico na mão, o cliente dele tentando entender as ruas e nosso amigo da bicicleta tentando improvisar um espanhol/português para nos ajudar a identificar os lugares... Q-U-E M-Á-X-I-M-O!!!!! Pessoal, vocês não imaginam a comoção deles para nos ajudar, eu queria ter tirado uma foto no celular para colocar aqui mas fiquei com vergonha (peninha), mas não terminou por aí. Depois de tudo isso não conseguimos encontrar a escola, já se passavam 2h que havíamos saído de casa, então resolvemos desistir. Nos despedimos de todos, agradecemos muito por tudo e resolvemos voltar para casa. Quando estávamos na metado do caminho de volta, olhei para trás e vinha o senhor da bicicleta que encontramos no super (grisalho, ele deve ter uns 60 anos) a toda a velocidade na bicicleta dizendo em um português improvisado: “Eu acho, eu acho!!!” ... Isso foi simplesmente demais, eu já nem sabia mais como agradecer ele, e no final de tudo, ainda nos esquecemos de perguntar o nome  dele...Q-U-E F-A-L-H-A!!! Voltamos então e na metade do caminho a primeira moça do carrinho de bebê também veio nos dizer que encontrou a escola, daí ficamos pensando, é por isso que às vezes eles são assaltados quando vão para o Brasil, pois são tão educados e prestativos com tudo e com todos que acabam sendo atraídos por pessoas maldosas. Bom, no final de tudo isso achamos a escola, e quando entramos o dono nos falou que faziam 5min que havia chegado pois tinha saído de carro atrás de nós, pois uma mulher havia ligado para ele falando que tinha um casal procurando pela escola na avenida Kellaway, achamos que foi a segunda mulher do carrinho.  
Demais não?! A cada dia temos experiências incríveis aqui, que ficarão eternamente em nossas vidas, e que venhamos colocar em prática. Ajudar as pessoas é tudo!!!!
Ahh já ia esquecendo, a escola é DEZ e segunda começo minhas aulas. Show!!!
Bom final de semana à todos...
Bye bye


segunda-feira, 27 de junho de 2011

Well, Wells...


Estávamos sem internet em casa, então não sabia quando iria postar este post, mas queria começar a escrever logo, pois sinto melhor as palavras quando estou recente dos acontecimentos... hehe
Ainda bem que não demorou muito para a net voltar!!!!
Bristol Food Festival
Neste post vou falar sobre o “Food Festival Harbourside Bristol” , que consiste em três dias de degustação de comidas, iguarias, bebidas, apresentação de Chefs com  drinques, coquetéis, vinhos, queijos e etc. Nosso primeiro dia foi na sexta-feira e já saí de lá meio enfastiada, como diria minha mãe...hehehe. São tantas coisas para provar, mas o que me embrulhou foi uma gama de experimentos de azeitonas, de vários sabores, recheadas. O homem da banquinha não podia me ver e dizia: “Ladie, ladie, come here to try more olives”...Ok, ok eu fui todas as vezes que ele me chamou, a culpa foi minha. E para arrebatar o dia provei uma pie de carneiro, aí acabou comigo!!! No sábado voltamos para uma volta rápida, pois ainda sentia o gosto dos queijos, azeitonas e do carneiro em minha boca, e dessa vez não provei nada...Hummmm, deixe me ver, só um sorvete ma-ra-vi-lho-so de amora. Uma passadinha rápida no Saint Nicholas Market para o almoço, que dessa vez foi Italian Food, uma lasanha divina de ricota com espinafre e verduras, pois queria pegar leve...hauhauhau!!! Não preciso dizer que passei mal né?!? Um enjôo e dor de estômago de matar, e então finalizei o sábado degustando “Milk of Magnesia” e vários antiácidos. Mas valeu a pena, com certeza vocês já sabem que o Alexandre não sentiu nem cócegas no estômago depois de toda essa comilança.

Wells
No domingo nosso destino foi Wells, cidade vizinha à 1h de ônibus de Bristol, famosa pela sua Catedral construída entre 1175 e 1239 e pelo palácio e jardins dos Bispos de Bath e Wells. Ainda estamos em dúvida sobre qual foi realmente a catedral mais bela que já vimos, e para mim a escolhida foi a de Bristol, a de Bath não fica atrás, mas essa de Wells também é linda, e para completar, o nosso tour por ela foi feito ao som do maravilhoso e enorme órgão, foi D-E-M-A-I-S. Rica em história, e não são só os jazigos que são comuns aqui nas igrejas, nem a idade e a conservação, mas os detalhes de cada peça, de cada pilar, do teto, do chão etc, etc. Nessa igreja encontra-se o famoso relógio de mecanismo considerado o segundo mais antigo da Grã-Bretanha e provavelmente do mundo, não preciso nem dizer que foi mágico poder ouvi-lo trocar e por duas vezes ainda. Ao lado da catedral está “The Bishop’s Palace & Gardens”, esse lugar é lindo também. Casa em estilo medieval dos bispos de Bath e Wells por 800 anos a partir de 1206, e só o jardim já encheu nossos olhos com flores de cores vibrantes e exalando um perfume delicioso, muralhas com história, fontes de águas cristalinas e tranquilas. A casa por dentro também era legal, mas depois de passear pelo jardim com um dia de sol maravilhoso, não queríamos saber de ficar dentro da casa... hehe... O palácio também foi utilizado como fortaleza (já que é cercado por água e muros altos, com apenas uma entrada que possui uma ponte levadiça). Inclusive, foi utilizado como forte na guerra civil de 1640.
Para finalizar o nosso tour por Wells, fomos visitar a “Wookey Hole Cavern”, um convite irrecusável de nossos amigos Liz e Firas, que nos acompanhavam pelo passeio em Wells. E foi muito showwww conhecer essa caverna, minha primeira por sinal. Uma caverna cheia de mitos e lendas (uma das várias lendas dos britânicos), que contam que nas profundezas úmidas e geladas da caverna há muitos e muitos anos vivia uma terrível bruxa, que atormentava os aldeões. Então surgiu o padre Bernard da Abadia de Glastonbury, que lançou água benzida sobre a bruxa transformando-a em pedra. Gostou? Pra quem acredita tem todo o mistério em percorrer a caverna (super gelada, contrastando com a temperatura do dia ensolarado) procurando pela imagem petrificada da bruxa, massss se NÃO, pode percorrer a caverna admirando as belezas das rochas, águas cristalinas, caminhos gélidos, tortuosos e estreitos pelo seu interior, e também vislumbrar queijos enormes em um corredor da caverna, onde são armazenados para maturar... Awesome!!!! Muitos foram os achados arqueológicos nessa caverna como ossos de rinoceronte, ursos, leões e mamutes. Acredita-se que ela foi habitada alternadamente por homens e hienas entre 35000-25000 AC. Posso dizer que realmente vale a pena conhecer não só a caverna como a cidade de Wells, tem gostinho de cidade de interior, com muitos campos, ovelhas, bois e aroma de esterco...hehehe (Amor, piadinha interna essa!!!).
Bom pessoal, vou ficando por aqui, vejo vocês em seguida...
Bye For now








A prova de que eu provei muiittas coisas...Essa era uma geléia de cebola caramelizada!!!





Domingo, WELLS


Catedral de Wells






Relógio da Catedral




Jardim da catedral



Á sombra da Oliveira...


 
Essa janelinha mostrava o jardim da casa dos Bispos, uma vista para a fonte




Bishop's Home and Gardens















Indo pra caverna Wookley Hole











Os queijos...Cheirinhooooo